Querido pai, professor, tutor e mestre:
Hoje procuro refúgio no teu coração, cansado como me encontro de mil combates, na longa jornada dos séculos.
Dizem que sou frágil plantinha, no entanto, me abandonam ao vendaval, deixando-me à mercê da canícula ou na via das enxurradas imundas.
Afirmam que sou o futuro, todavia, desrespeitam o meu presente, colocando dificuldades e aflições ao alcance das minhas pequenas mãos.
Expressam que eu sou diamante precioso, mas ninguém procura retirar a imperfeição e as impurezas que me tornam imprestável, por enquanto.
Informam que eu sou um pequeno rei, no império da vida, todavia, descuidam do meu aprimoramento, sem me embelezarem o caráter para o nobre ministério.
Chamam-me anjo e conduzem-me, por negligência, ao inferno do desespero e da revolta.
Agradam-me e, muitas vezes, degradam-me, deixando-me sob o jugo imperioso de forças desordenadas.
Ajuda-me agora, para que, por minha vez, eu possa ajudar mais tarde.
Acolhe-me na terra fértil do teu coração e desenvolve-me os sentimentos latentes dentro de mim.
Serei amanhã o que fizeres de mim agora.
Não te peço muito. Rogo-te, apenas, que abras os braços e me alcances.
Suaviza tua voz para ensinar-me e dá leveza à tua mão quando seja necessário corrigir-me.
Mas não me deixes sem o carinho que estimula nem a correção que educa e salva.
Confio em ti. Socorre-me hoje, e não mais tarde.
Necessito urgente de orientação e sustento.
Recebe-me enquanto não me mancham as chagas da vida. Dilata
as tuas possibilidades e eu coroarei os teus dias com as bênçãos da
alegria perene, levando, pelas gerações em fora, a mensagem viva do teu
auxílio como herdeiro natural da tua fé libertadora e santa.
Irmão do Cristo, recolhe-me no teu amor em nome de quem, em apresentando os pequeninos aos discípulos amados, afirmou pertencer o reino dos céus.
* * *
Como estamos cuidando de nossas crianças?
pais, professores, tutores, como estamos tratando os pequeninos?
Pequeninos
na forma atual, que lhes permite um novo início, que lhes permite
absorver novos conteúdos, que se somam aos antigos – de Espíritos
imortais – e lhes promovem a remodelagem necessária, quando bem
orientados.
Que
tipo de alimento escolhemos para eles? Procuramos os mais saudáveis,
certamente, pois com os avanços da ciência atual já sabemos muito mais
do que os antigos.
Mas e os alimentos da alma, do intelecto e da moral? Será que temos o mesmo critério?
Será que lhes damos saudáveis divertimentos, filmes e livros de conteúdo, exemplos dignificantes, hábitos mentais construtivos?
Ou
ainda somos descuidados e permitimos que a vulgaridade mental e
comportamental invada nossos lares e escolas a fim de saciar nossa fome
por novidades, como aquele alimento que seduz pela vista, pelo gosto,
que atrai, mas que de nutrientes nada possui?
Recordemos
da súplica da criança do mundo, da criança do presente, do futuro, da
criança que nos receberá, nas gerações futuras, como filhos e netos:
Confio em ti. Socorre-me hoje, e não mais tarde.
Necessito urgente de orientação e sustento.
Serei amanhã o que fizeres de mim agora.
Redação do Momento Espírita, com base no
cap.4, do livro Sementeira da fraternidade, por
Espíritos diversos, psicografia de Divaldo Pereira
Franco
cap.4, do livro Sementeira da fraternidade, por
Espíritos diversos, psicografia de Divaldo Pereira
Franco
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