"Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal." - Jesus. (JOÃO, capítulo 17, versículo 15.)
Nos centros religiosos, há sempre grande número de
pessoas preocupadas com a idéia da morte. Muitos companheiros não crêem
na paz, nem no amor, senão em planos diferentes da Terra. A maioria
aguarda situações imaginárias e injustificáveis para quem nunca levou em
linha de conta o esforço próprio.
O anseio de morrer para ser feliz é enfermidade do espírito.
Orando ao Pai pelos discípulos, Jesus rogou para que não fossem retirados do mundo, e, sim, libertos do mal.
O mal, portanto, não é essencialmente do mundo, mas das criaturas que o habitam.
A Terra, em si, sempre foi boa. De sua lama brotam
lírios de delicado aroma, sua natureza maternal é repositório de
maravilhosos milagres que se repetem todos os dias.
De nada vale partirmos do planeta, quando nossos males
não foram exterminados convenientemente. Em tais circunstâncias,
assemelhamo-nos aos portadores humanos das chamadas moléstias
incuráveis. Podemos trocar de residência; todavia, a mudança é quase
nada se as feridas nos acompanham. Faz-se preciso, pois, embelezar o
mundo e aprimorá-lo, combatendo o mal que está em nós.
Francisco Cândido Xavier. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 30.
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