Somente na vida futura podem efetivar-se as
compensações que Jesus promete aos aflitos
da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máximas
seriam um contra-senso; mais ainda: seriam um
engodo. Mesmo com essa certeza, dificilmente
se compreende a conveniência de sofrer para ser
feliz. É, dizem, para se ter maior mérito.
Mas, então, pergunta-se: por que sofrem uns
mais do que outros? Por que nascem uns na
miséria e outros na opulência, sem coisa
alguma haverem feito que justifique essas
posições? Por que uns nada conseguem, ao passo
que a outros tudo parece sorrir? Todavia, o que
ainda menos se compreende é que os bens e os
males sejam tão desigualmente repartido entre o
vicio e a virtude; e que os homens virtuosos
sofram, ao lado dos maus que prosperam.
A fé no futuro pode consolar a infundir paciência,
mas não explica essas anomalias, que parecem
desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde
que admita a existência de Deus, ninguém o
pode conceber sem o infinito das perfeições.
Ele necessariamente tem todo o poder toda
a justiça, toda a bondade, sem o que não seria
Deus. Se é soberanamente bom e justo, não
pode agir caprichosamente, nem com parcialidade.
Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma
causa e, pois se Deus é justo, justa há de ser
essa causa. Isso o de cada um deve bem
compenetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus,
Deus pôs os homens na direção dessa causa,
por meio do Espiritismo, isto é,
pela palavra dos Espíritos.
compensações que Jesus promete aos aflitos
da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máximas
seriam um contra-senso; mais ainda: seriam um
engodo. Mesmo com essa certeza, dificilmente
se compreende a conveniência de sofrer para ser
feliz. É, dizem, para se ter maior mérito.
Mas, então, pergunta-se: por que sofrem uns
mais do que outros? Por que nascem uns na
miséria e outros na opulência, sem coisa
alguma haverem feito que justifique essas
posições? Por que uns nada conseguem, ao passo
que a outros tudo parece sorrir? Todavia, o que
ainda menos se compreende é que os bens e os
males sejam tão desigualmente repartido entre o
vicio e a virtude; e que os homens virtuosos
sofram, ao lado dos maus que prosperam.
A fé no futuro pode consolar a infundir paciência,
mas não explica essas anomalias, que parecem
desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde
que admita a existência de Deus, ninguém o
pode conceber sem o infinito das perfeições.
Ele necessariamente tem todo o poder toda
a justiça, toda a bondade, sem o que não seria
Deus. Se é soberanamente bom e justo, não
pode agir caprichosamente, nem com parcialidade.
Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma
causa e, pois se Deus é justo, justa há de ser
essa causa. Isso o de cada um deve bem
compenetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus,
Deus pôs os homens na direção dessa causa,
por meio do Espiritismo, isto é,
pela palavra dos Espíritos.
Allan
Kardec
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