O Senhor livrar-nos-á do mal; entretanto, é preciso que desejemos não errar.
Que dizer de um homem que pedisse socorro contra o incêndio, lançando gasolina à fogueira?
O reino da vida, com todas as suas notas de grandeza, pertence a Deus.
Todo o poder e toda a glória do Universo, todos os
recursos e todas as possibilidades da existência são da Providência
Divina, mas, em nosso círculo de ação, a vontade é nossa.
Se não ligamos nossos desejos à Lei do Bem, que procede
do Céu, representando para nós a Vontade Paterna de Nosso Pai Celeste,
não podemos aguardar harmonia e contentamento para o nosso coração.
Nas sombras do egoísmo, estaremos sozinhos, aflitos,
perturbados e desalentados, porque egoísmo quer dizer felicidade somente
para nós, contra a felicidade dos outros.
Deus permitiu que a vontade seja um patrimônio
propriamente nosso, a fim de que possamos adquirir a liberdade e a
grandeza, o amor e a sabedoria, por nós mesmos, como filhos de sua
infinita bondade.
Por isso, se somos escravos das nossas criações que, por
vezes, gastamos muito tempo a retificar, continuamos sempre livres para
desejar e imaginar.
E sabemos que qualquer serviço ou realização começa em nossos sentimentos e pensamentos.
Saibamos, desse modo, conservar a nossa vontade à luz da
consciência reta, porque, rogando a Deus nos liberte do mal, é preciso,
por nossa vez, procurar o caminho do bem.
Francisco Cândido Xavier. Da obra: Pai Nosso. Ditado pelo Espírito Meimei. 19 edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1999.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixem seu comentário, ficamos felizes com suas contribuições.